Há algo muito complexo no meu silêncio
Há um vão entre este e o céu.
Ilusão, mais uma vez, tomando conta do meu ser imaturo
e a vontade de tocar as nuvens
Sensibiliza minhas palavras, que por um instante, não existem.
Há um pouco da criança que dorme, dentro de mim,
e o sonho das nuvens surge quando ela acorda.
Neste momento, seu rubro rosto desponta num sorriso
e eu, pequena adulta, dou espaço à maturidade da infante
que apaga da minha memória, brevemente,
os problemas que me atormentam.
O silêncio, em mim,
Transparece o sentimento mais resguardado,
um misto de volúpia e exactidão.
Hoje o silêncio toca-me.
Penso que a efemeridade do tempo não existe
quando o sonho é o âmago de viver.
laraneses
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